Esboço de pregação sobre Jonas

A história de Jonas é uma das mais fascinantes narrativas do Antigo Testamento, repleta de lições sobre obediência, misericórdia divina e redenção. Embora seja frequentemente lembrada pela famosa cena em que Jonas é engolido por um grande peixe, a profundidade da mensagem contida nesse livro vai muito além. Exploraremos um esboço de pregação sobre  Jonas. Veremos os principais temas e lições que a história de Jonas nos oferece e como elas podem ser aplicadas em nossas vidas hoje.

esboço de pregação sobre Jonas

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Resumo da história de Jonas

  • Chamado de Deus: Deus chama Jonas, filho de Amitai, e lhe dá uma missão clara: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença” (Jonas 1:2).
  • Fuga de Jonas: Em vez de obedecer, Jonas tenta fugir para Társis, embarcando em um navio no porto de Jope. Sua intenção é escapar da tarefa difícil e evitar pregar aos ninivitas.
  • Tempestade no Mar: Deus envia uma forte tempestade, ameaçando afundar o navio. Os marinheiros, em pânico, clamam a seus deuses e lançam cargas ao mar para aliviar o peso. Jonas, sabendo ser a causa da tempestade, admite sua culpa e sugere que o lancem ao mar.
  • Jonas é Lançado ao Mar: Relutantes, os marinheiros lançam Jonas ao mar, e a tempestade cessa imediatamente. Jonas é então engolido por um grande peixe enviado por Deus, onde permanece por três dias e três noites.
  • Oração de Jonas: Dentro do ventre do peixe, Jonas ora ao Senhor, reconhecendo Sua soberania e misericórdia. Ele expressa arrependimento e agradecimento, reafirmando seu compromisso com Deus.
  • Libertação: Após três dias, Deus ordena ao peixe que vomite Jonas em terra firme, dando-lhe uma segunda chance.
  • Obediência de Jonas: Desta vez, Jonas obedece ao chamado de Deus e vai a Nínive. Ele percorre a cidade proclamando: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jonas 3:4).
  • Arrependimento dos Ninivitas: Os habitantes de Nínive, desde o rei até os cidadãos comuns, acreditam na mensagem de Jonas. Eles se arrependem, jejuam e vestem-se de pano de saco, pedindo misericórdia a Deus.
  • Deus Poupa Nínive: Vendo o arrependimento sincero dos ninivitas, Deus decide não destruir a cidade, demonstrando Sua grande misericórdia.
  • Descontentamento de Jonas: Ao invés de alegrar-se com a salvação de Nínive, Jonas fica zangado e desapontado, revelando que ele desejava a destruição da cidade por sua maldade.
  • Lição da Planta: Deus faz crescer uma planta para dar sombra a Jonas, mas no dia seguinte, envia um verme para destruí-la. Jonas lamenta a perda da planta, e Deus usa essa situação para ensinar-lhe uma lição sobre compaixão e misericórdia.
  • Deus Fala a Jonas: Deus explica a Jonas que se ele pôde sentir pena de uma planta que não cultivou, quanto mais Deus deveria ter compaixão de Nínive, uma grande cidade com mais de 120 mil pessoas que não sabem distinguir entre o bem e o mal.

Pregação sobre Jonas

Queridos irmãos e irmãs, hoje vamos refletir sobre a história de Jonas, um profeta cujo relato nos oferece profundas lições sobre obediência, arrependimento e a misericórdia infinita de Deus. Através da vida de Jonas, aprendemos como Deus nos chama, nos corrige e nos usa para cumprir Seus propósitos.

O Chamado de Deus e a Fuga de Jonas

No início do livro de Jonas, Deus chama Jonas para ir à grande cidade de Nínive e pregar contra a sua maldade. Nínive, a capital da Assíria, era conhecida por sua violência e corrupção. Deus, em Sua misericórdia, queria dar aos ninivitas uma chance de arrependimento. Ele escolheu Jonas, um profeta de Israel, para levar essa mensagem de advertência e esperança. No entanto, em vez de obedecer ao comando divino, Jonas decide fugir para Társis, embarcando em um navio que vai na direção oposta (Jonas 1:1-3).

Essa decisão de Jonas revela muito sobre a condição humana e a nossa reação diante dos desafios espirituais. Fugir de Társis não era apenas uma questão de mudar de rota; simbolizava a tentativa de Jonas de escapar da responsabilidade e da missão que Deus havia colocado em suas mãos. Társis representava o extremo oposto de Nínive, tanto geograficamente quanto espiritualmente. Era um lugar distante onde Jonas acreditava que poderia se esconder da presença de Deus.

O comportamento de Jonas nos ensina que, às vezes, podemos tentar escapar do chamado de Deus por diversos motivos. Medo, desobediência e falta de compreensão do propósito divino são alguns dos principais fatores que podem nos levar a essa fuga.

Medo: Jonas sabia da reputação de Nínive e provavelmente temia pela sua segurança. Enfrentar uma cidade tão poderosa e infame sozinho poderia parecer uma tarefa assustadora. O medo do desconhecido e do que poderia acontecer a ele é algo com que muitos de nós podemos nos identificar quando somos chamados a fazer algo fora de nossa zona de conforto.

Desobediência: A decisão de Jonas de ir na direção oposta também pode ser vista como um ato de rebeldia contra a vontade de Deus. Ele sabia exatamente o que Deus queria que ele fizesse, mas escolheu não obedecer. A desobediência pode surgir de uma resistência interna em aceitar que os planos de Deus, muitas vezes, vão além de nossa compreensão e desejos pessoais.

Falta de Compreensão do Propósito de Deus: Jonas talvez não entendesse por que Deus queria salvar uma cidade tão ímpia. Ele pode ter questionado a justiça de Deus em oferecer misericórdia àqueles que ele via como inimigos de Israel. Isso destaca uma luta interna entre a justiça divina e a misericórdia divina, e como, muitas vezes, os humanos têm dificuldade em aceitar o perdão e a graça quando acham que alguém não merece.

A Tempestade e a Correção Divina

Deus envia uma grande tempestade que ameaça afundar o navio em que Jonas está. Esta tempestade não é um evento natural aleatório, mas uma intervenção divina com um propósito claro. Os marinheiros, inicialmente ignorantes do motivo da tempestade, ficam cada vez mais desesperados à medida que as ondas crescem e o perigo de naufrágio se torna iminente. Eles oram aos seus deuses e tentam de tudo para salvar o navio, mas nada funciona. Finalmente, através de um sorteio, descobrem que Jonas é a causa da tempestade (Jonas 1:4-7).

Um ponto importante a destacar em nosso esboço de pregação sobre Jonas é que, ele, ciente de sua culpa, admite aos marinheiros que está fugindo da presença de Deus. Ele explica que a tempestade é uma consequência direta de sua desobediência e se oferece para ser lançado ao mar para que a tempestade cesse (Jonas 1:8-12). Relutantemente, os marinheiros aceitam sua proposta e, ao jogá-lo ao mar, a tempestade se acalma imediatamente, confirmando a verdade das palavras de Jonas (Jonas 1:13-15).

Essa narrativa revela várias lições importantes sobre a natureza da correção divina e a misericórdia de Deus. Primeiro, vemos que Deus usa as circunstâncias para nos corrigir e nos trazer de volta ao Seu caminho. A tempestade é um exemplo claro de como Deus pode utilizar eventos externos para chamar nossa atenção e nos fazer refletir sobre nossas ações. No caso de Jonas, a tempestade serve como um catalisador para ele confrontar sua desobediência e tomar responsabilidade por suas ações.

A experiência de Jonas também nos ensina sobre a importância da confissão e do arrependimento. Ao admitir sua culpa e se oferecer para ser lançado ao mar, Jonas demonstra um reconhecimento de sua falha e uma disposição para aceitar as consequências de suas ações. Esse ato de humildade é um passo crucial no processo de correção divina. Deus não deseja punir por punir, mas corrigir e redimir. A confissão de Jonas é um movimento em direção à reconciliação com Deus.

Além disso, a história mostra a soberania de Deus sobre a criação. A tempestade se acalma imediatamente quando Jonas é lançado ao mar, indicando que Deus controla os elementos da natureza e pode utilizá-los para cumprir Seus propósitos. Este evento serve como um poderoso testemunho para os marinheiros, que acabam temendo e adorando ao Senhor, reconhecendo Sua autoridade e poder (Jonas 1:16).

A narrativa também ilustra a misericórdia de Deus. Mesmo enquanto corrige Jonas, Deus prepara um meio de salvá-lo – um grande peixe que o engole e o mantém seguro por três dias e três noites (Jonas 1:17). Isso demonstra que a correção divina não é punitiva, mas redentora. Deus busca restaurar e redirecionar Jonas, oferecendo-lhe uma segunda chance para cumprir sua missão.

O Grande Peixe e o Arrependimento de Jonas

Após ser lançado ao mar, Jonas é engolido por um grande peixe, onde permanece por três dias e três noites. Este período no ventre do peixe é um momento crucial na vida de Jonas, simbolizando tanto a profunda correção divina quanto a oportunidade de renovação espiritual. Isolado no ventre do peixe, Jonas tem a chance de refletir sobre suas ações, reconhecer a soberania de Deus e renovar seu compromisso com o chamado divino.

Dentro do peixe, Jonas ora a Deus, e sua oração, registrada em Jonas 2:1-9, é uma poderosa expressão de arrependimento e fé. Ele começa reconhecendo a gravidade de sua situação e clamando a Deus por ajuda: “Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre do abismo gritei, e tu ouviste a minha voz” (Jonas 2:2). Este versículo mostra que, mesmo nas circunstâncias mais desesperadoras, Deus ouve nossas súplicas e está disposto a responder.

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A oração de Jonas continua com uma descrição vívida de sua experiência, usando imagens de águas profundas e ondas quebrando sobre ele, simbolizando tanto o caos exterior quanto a turbulência interior que ele enfrenta. Ele reconhece a mão de Deus em sua situação: “Lançaste-me nas profundezas, no coração dos mares, e as correntes das águas me cercaram; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim” (Jonas 2:3). Este reconhecimento de que Deus está no controle é um passo crucial no arrependimento de Jonas.

Outro ponto a destacar nessa pregação sobre Jonas é que, nesse momento, ele então expressa sua confiança renovada em Deus, declarando: “Eu, contudo, olharei de novo para o teu santo templo” (Jonas 2:4). Esta declaração mostra a esperança de Jonas e sua determinação de buscar novamente a presença de Deus, apesar de sua desobediência anterior. Ele reconhece que a salvação vem somente do Senhor: “A salvação vem do Senhor” (Jonas 2:9). Esta afirmação é um reconhecimento da soberania de Deus e da dependência total de Jonas em Sua misericórdia.

Este momento de arrependimento e renovação da fé destaca como Deus nos dá novas oportunidades para nos alinharmos com Sua vontade. A correção divina, simbolizada pelo tempo de Jonas no ventre do peixe, não é um fim em si mesma, mas um meio para a renovação e restauração. Deus usa essa experiência para transformar o coração de Jonas, levando-o a um novo compromisso com a missão que lhe foi dada.

Após três dias e três noites, Deus ordena ao peixe que vomite Jonas em terra firme, simbolizando a renovação e a nova chance que Jonas recebe. Ele agora está pronto para obedecer ao chamado de Deus e vai a Nínive para cumprir a missão divina (Jonas 2:10).

Para nós, a experiência de Jonas no ventre do peixe é uma poderosa lembrança de que Deus oferece novas oportunidades mesmo após nossas falhas. Quando nos encontramos em situações difíceis, fruto de nossas escolhas erradas, podemos seguir o exemplo de Jonas: clamar a Deus, reconhecer Sua soberania, e renovar nosso compromisso com Ele. Deus, em Sua misericórdia, está sempre pronto para nos perdoar e nos dar uma nova chance para seguir Seu caminho.

A Missão em Nínive e o Arrependimento da Cidade

Após ser vomitado pelo peixe, Jonas finalmente obedece ao chamado de Deus e vai a Nínive. A cidade de Nínive era uma grande e próspera metrópole, mas também era conhecida por sua maldade e violência. Jonas, agora transformado pela sua experiência no ventre do peixe, cumpre a missão divina e prega uma mensagem simples mas poderosa: “Daqui a quarenta dias Nínive será destruída” (Jonas 3:4). Esta mensagem de advertência é um chamado urgente ao arrependimento para os habitantes da cidade.

Surpreendentemente, os habitantes de Nínive, incluindo o rei, respondem de maneira extraordinária. Desde os cidadãos comuns até a nobreza, todos se arrependem de seus maus caminhos. O rei de Nínive proclama um jejum para toda a cidade e ordena que todos, inclusive os animais, se vistam de pano de saco, símbolo de arrependimento e humildade. Ele decreta que todos clamem fortemente a Deus e abandonem suas más práticas e a violência de suas mãos (Jonas 3:5-8).

A reação da cidade de Nínive ao chamado de Jonas revela várias verdades espirituais profundas. Em primeiro lugar, ela demonstra o poder da obediência ao chamado de Deus. A pregação de Jonas, mesmo que relutante e breve, resulta em uma transformação completa de uma cidade inteira. Isso nos ensina que quando obedecemos a Deus, Ele pode usar até nossos esforços imperfeitos para realizar grandes coisas. A eficácia da missão de Jonas não se deve à sua eloquência ou habilidade, mas à obediência ao comando divino.

Além disso, o arrependimento dos ninivitas mostra que ninguém está fora do alcance da misericórdia divina. Nínive era uma cidade famosa por sua corrupção e crueldade, mas quando os seus habitantes se arrependem sinceramente, Deus vê suas ações e ouve seus clamores. O texto nos diz: “Deus viu o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho. Então Deus se arrependeu do mal que tinha dito que lhes faria, e não o fez” (Jonas 3:10). Isso sublinha a disposição de Deus para perdoar e oferecer graça mesmo aos mais perversos, contanto que haja arrependimento genuíno.

Este episódio também destaca a natureza universal da mensagem de Deus. Embora Jonas fosse um profeta de Israel, sua mensagem foi destinada a uma cidade estrangeira. Isso mostra que o amor e a misericórdia de Deus transcendem fronteiras nacionais e étnicas. A salvação e o perdão de Deus estão disponíveis para todos os que se voltam para Ele, independentemente de sua origem ou passado.

Para nós, a história de Jonas e Nínive é um poderoso testemunho do impacto que a obediência ao chamado de Deus pode ter. Ela nos encoraja a cumprir nosso papel, por menor que possa parecer, confiando que Deus pode usar nossas ações para realizar transformações significativas. Também nos lembra que ninguém está além do alcance da graça de Deus e que o arrependimento sincero sempre encontra uma resposta misericordiosa de Deus.

A Reação de Jonas e a Paciência de Deus

Embora Jonas tenha cumprido sua missão, sua reação à misericórdia de Deus para com Nínive é reveladora. Ele fica descontente e até mesmo irado com a decisão divina de perdoar a cidade. Este conflito interno de Jonas é o cerne do capítulo 4 do livro de Jonas e revela um aspecto importante da natureza humana: nossa tendência de limitar a misericórdia de Deus baseada em nossas próprias percepções de justiça e merecimento.

Deus, em Sua infinita sabedoria e paciência, decide ensinar Jonas uma lição sobre compaixão e graça. Ele faz isso proporcionando a Jonas uma experiência tangível e visual. Primeiro, Deus faz crescer uma planta sobre Jonas para lhe proporcionar sombra e conforto em seu descontentamento com o perdão de Nínive. Mas, na manhã seguinte, Deus envia um verme que ataca a planta e a faz murchar, deixando Jonas exposto ao sol escaldante. Esta sequência de eventos desconcerta Jonas e o leva a questionar sua própria indignação e falta de compaixão (Jonas 4:6-8).

Por meio dessa experiência, Deus confronta Jonas com uma verdade profunda: Sua misericórdia e amor se estendem a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade, história ou mérito. Deus não faz acepção de pessoas e deseja que todos se arrependam e encontrem perdão. Através da ilustração da planta e do verme, Deus mostra a Jonas que ele estava mais preocupado com seu próprio conforto pessoal do que com a vida e o destino de milhares de pessoas em Nínive.

Essa lição é uma poderosa reflexão sobre nossa própria tendência de julgar e limitar a graça de Deus. Muitas vezes, somos como Jonas, rápidos em apontar o dedo e questionar a misericórdia divina quando ela se estende a pessoas que consideramos indignas. No entanto, Deus nos lembra que Sua graça é abundante e infinita, capaz de alcançar até mesmo os mais distantes e aparentemente irreparáveis.

A história de Jonas e a paciência de Deus nos convidam a examinar nossos próprios corações e atitudes em relação aos outros. Ela nos desafia a deixar de lado nossos preconceitos e a abraçar a compaixão e a misericórdia de Deus para com todos os seres humanos. Assim como Deus mostrou a Jonas Sua infinita paciência e amor, Ele também nos chama a estender esses mesmos atributos aos outros ao nosso redor.

Conclusão da pregação sobre Jonas

A história de Jonas é um poderoso lembrete de que Deus é soberano, misericordioso e paciente. Ele nos chama a obedecer e a confiar em Seus planos, mesmo quando não os entendemos completamente.  Desejamos através desse sermão sobre Jonas que possamos aprender com o exemplo desse homem a responder ao chamado de Deus com prontidão, a buscar arrependimento sincero e a estender a misericórdia divina a todos ao nosso redor. Amém.

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